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Celulares e tablets: especialistas recomendam diminuir o uso  de telas por crianças e adolescentes

Celulares e tablets: especialistas recomendam diminuir o uso de telas por crianças e adolescentes

O uso excessivo de aparelhos e jogos eletrônicos pode causar prejuízos à saúde física e emocional de crianças e adolescentes

As crianças nem imaginam como a lista de “não pode” que os adultos ouvem em relação à educação dos próprios filhos é grande. Agora é o uso telas (seja de smartphones, videogames, tablets ou TV) que levanta polêmica.

Nas décadas de 1970 e 1980, os mais velhos denunciavam os prejuízos da televisão para a saúde dos pequenos: faria mal para a visão e difundiria valores contrários à moral mais conservadora.

Quase cinquenta anos depois, a ciência está começando a lhes dar razão. Já há estudos que apontam relação entre o uso excessivo de telas e problemas de visão (principalmente miopia), audição e posturais.

Já quanto à saúde mental, a Sociedade Brasileira de Pediatria elenca o aumento da ansiedade, a dificuldade de desenvolver relacionamentos, o estímulo à sexualização precoce, o cyberbullying, o comporto violento ou agressivo, transtornos de sono e alimentação, baixo rendimento escolar, etc.

Mas, calma! Em uma sociedade cada vez mais imersa na comunicação eletrônica e na internet, cortar de vez o acesso de crianças e adolescentes às telas é, praticamente, impossível e não recomendável.

Investir no uso consciente da tecnologia é a melhor pedida para orientar os filhos e deve contar com a adesão de pais e cuidadores – sim, os adultos também, porque o exemplo é essencial na educação.

Seguem algumas dicas tornar mais o uso saudável das telas pelos filhos, segundo a faixa etária:

0 a 2 anos: exposição zero para eles. Não se trata de intolerância, mas nessa fase, o cérebro ainda está se desenvolvimento e requer interação real para desenvolver as capacidades comportamentais, emocionais e cognitivas.

É importante observar que vídeos educativos, que supostamente desenvolvem a inteligência infantil, não têm sua eficácia comprovada.

Você pode abrir exceções para realizar eventuais chamadas de vídeo, explorar palavras, ideias e sons online, mostrar fotos de si mesmo aos bebês ou falar sobre pessoas.

2 a 6 anos: é recomendado até uma hora de exposição diária. Ajude seus filhos a escolher o que assistir e lhes faça companhia. Depois, converse com eles a respeito do que assistiram.

Evite programação com violência física ou verbal e imagens assustadoras. Procure programas que passem uma mensagem positiva e limite à exposição a comerciais.

Acima de 6 anos: coloque limites de modo que o tempo de tela não atrapalhe a realização de brincadeiras, atividades físicas e escolares.

Os videogames são vilões da saúde infantil?

Algo que aprendemos quando nos tornamos adultos é que vilões existem apenas no mundo do faz de conta.

Porém, as longas jornadas de jogo realizadas por crianças e adolescentes já preocupa governos: a China impôs uma regra de 90 minutos liberados durante a semana e três horas aos finais de semana e feriados.

Naquele país, a preocupação se concentra na queda das notas escolares e no surgimento de problemas decorrentes do sedentarismo.

Ainda não há estudos científicos conclusivos sobre o impacto dos jogos eletrônicos na saúde mental, mas, é razoável cuidar para que eles sejam coadjuvantes e não personagens principais da vida dos nossos filhos.

É importante lembrar que videogames trazem benefícios aos usuários, como melhora da agilidade de raciocínio e da criatividade. Outro ponto a se considerar é que a indústria de jogos eletrônicos se une a pesquisadores e educadores para criar jogos que, além de divertidos, também sejam educativos e estimulem a imaginação – como defendeu Sarah DeWitt, vice-presidente da rede de tv norte-americana PBS Kids, em palestra para o TedTalks.

Para conversar com um especialista em saúde infantil e adolescente sobre o impacto de uso de telas em crianças, clique aqui para agendar um horário.

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