Saiba tudo sobre o leite materno, horário das mamadas, como introduzir os alimentos
sólidos e como evitar que seu bebê se torne obeso quando criança ou adolescente
O bebê acabou de nascer e irá aprender tudo sobre o nosso mundo com a família.
Neste momento, o papel dos pais ou cuidadores é fundamental para que eles desenvolvam hábitos que irão prevenir doenças por toda a vida.
Parece muita responsabilidade? Realmente, a responsabilidade é grande, mas missão é fácil de ser cumprida para que o seu bebê cresça com muita saúde, basta consultar o seu pediatra com regularidade e conferir as nossas dicas.
O leite materno deve ser o único alimento do bebê até os seis meses de idade. Ele contém todos os nutrientes necessários para a criança e ainda vem turbinado com anticorpos, fatores imunes e enzimas que podem beneficiar a criança até muito tempo depois de ela ter desmamado.
Outro fator positivo do leite materno é que ele oferece toda água necessária ao bebê, mantendo-o sempre hidratado. E basta que a mãe beba muita água e se alimente de forma saudável para que ela consiga produzir leite suficiente para sua criança.
Não existe leite fraco, mas existem diferenças na composição do leite conforme o bebê suga. Durante os primeiros 10 a 15 min, o leite contém mais água e é ótimo para matar a sede do pequeno; já o leite que é produzido na sequência, tem mais gordura e nutrientes e ajuda o seu bebê a se desenvolver bem corpo e mente. Por isso, não tenha pressa e curta o momento!
Independentemente da posição que você escolher para amamentar o bebê, preste atenção se ele abocanha toda a auréola do seio – este cuidado, evitará que eventualmente, ele machuque a mama.
Vale ressaltar, que o bebê ainda está se adaptando ao mundo fora da barriga, por isso, ele não tem muita ideia dos horários mais adequados para fazer suas refeições: ele vai pedir quando sentir fome. Aos poucos, vocês irão encontrando sua própria rotina.
Está com dificuldade para amamentar? Busque orientação com o pediatra do seu bebê – ele poderá ajudar a corrigir a pega e identificar outro problema que estiver acontecendo. Você também pode agendar um horário com um dos especialistas da Clínica Clespe aqui.
Tá na mesa!
O ideal é que as primeiras refeições aconteçam após os seis meses de idade do bebê – mães que precisem antecipar a introdução alimentar aos quatro meses, por conta da volta ao trabalho devem consultar o pediatra da criança para maiores orientações.
Para começarmos a falar da alimentação dos bebês, primeiro, todo mundo deve lavar as mãos, seja a criança, sejam os cuidadores que irão auxiliá-la nas refeições.
A regra número 2 é: nada de açúcar até os dois anos. Mel só está liberado após o primeiro ano. Esse cuidado evita o surgimento de cáries e diminui o risco da obesidade infantil.
E sim, se já há dentinhos, pode fazer a higienização deles para evitar as cáries. Você poderá usar creme dental, porém, em uma quantidade mínima: o equivalente a um grão de arroz. Lembre-se de que é a escovação, pela manhã e à noite, que remove os restos dos alimentos.
O cardápio vai variar conforme o desenvolvimento da criança. Aos seis meses, ela pode ser apresentada às frutas no lanche e almoçar um prato que contenha 1 fonte de carboidrato(arroz,batata,inhame,mandioca),1 de proteína ( carne vermelha,frango,peixe,ovo inteiro ou carne suína ),1 de legumes (beterraba,cenoura,brócolis) e 1 de verduras ( alface,espinafre)… tudo amassadinho com o garfo, para que ela possa degustar os sabores de forma separada.
Atenção, não adicionamos sal até 1 ano de idade ,portanto use temperos e ervas naturais à vontade e prefira o azeite de oliva extra virgem,óleo de soja ou de canola em quantidade pequena aos sete meses, ela já pode também jantar uma refeição semelhante ao almoço.
Dos oito meses a um ano, ele pode ir progredindo na consistência para receber a alimentação mais próxima àquela consumida pela família.
Dos 12 aos 24 meses, o bebê pode ingerir a comida da família, mas, ainda com pouco sal e/ou óleo.
É importante estimulá-lo a mastigar: a prática ajudará na formação dos dentes e a prepará-lo para a fala. Por isso, não é preciso bater a papinha no liquidificador.
Ah, o bebê não quis comer?
Para evitar que a criança enjoe da comida, varie no cardápio. Apresente sempre uma proteína (carne, peixe, frango ou ovo), legumes (cenoura, beterraba, abobrinha etc.), e aposte na combinação coringa de arroz com feijão.
Crie pratos coloridos para estimular, além do paladar, os outros sentidos do pequeno. E invente nas receitas: às vezes, a criança apenas não gostou da forma como algum alimento foi apresentado a ela da primeira vez.
Não ofereça outra coisa “mais gostosa” (bolachas, mingaus, iogurtes, bebidas açucaradas…), guarde a refeição e ofereça-a mais tarde.
Outro ponto importante diz respeito à quantidade: bebês comem pouco, daí a importância de continuar com o aleitamento materno pela manhã e à noite e sempre que o bebê solicitar até os dois anos.
Não pode
Antes dos dois anos, nada de fast food, refrigerantes, gelatina, doces com açúcar refinado, salgadinhos,biscoito maisena e de polvilho. Além de não serem nada saudáveis, é nessa fase que a criança adquire o gosto pelos alimentos.
Criança também deve se exercitar
Ninguém está pensando em academia: brincar é o exercício por excelência para a criança. A bola é um clássico, estimula o gosto pelas atividades físicas e diverte meninos e meninas.
Afaste um objeto para que o bebê pegue, empilhe coisas ou o imite – tudo isso irá ativar o desenvolvimento cognitivo da criança.
Ressaltando que, após os seis meses, bebês acima do peso correm o risco de se tornar crianças gordinhas ou adolescentes obesos. Obesidade, é importante frisar, vai muito além da estética, sendo uma condição que pode predispor a criança a desenvolver doenças. E prevenir pode ser tão fácil quanto comer bem e brincar.
Você ainda ficou com dúvidas quanto à alimentação do seu bebê? Para esclarecê-las, consulte um dos nossos especialistas.